segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Ensino a distância: a opinião deste blog
Introduzido no país pelo governo Fernando Henrique Cardoso, o Ensino a Distância (EAD) foi o formato encontrado pelos governantes para diplomar pobres em massa e responder prontamente as metas educacionais impostas por organismos internacionais, principalmente para receber recursos do Banco Mundial. Essa modalidade de ensino vem crescendo rapidamente no país e hoje acredita-se que já existe mais de um milhão de universitários nessa modalidade de ensino. Aparentemente democrática, por ampliar o acesso à educação superior para um número maior de estudantes, a medida embute, na verdade, um forte componente ideológico. Cria no estudante a ilusão de que a qualificação garantirá o exercício pleno da profissão escolhida. Mascara a ausência de políticas efetivas dos governos federais e estaduais para suprir em quantidade satisfatória a falta de vagas presenciais em instituições públicas em franco processo de sucateamento. Na verdade, os nossos dirigentes não estão nem aí se o Ensino a distância (EAD) rebaixa a qualidade da educação no país. O Ministério de Educação e Cultura (MEC) possui cerca de 300 escolas superiores funcionando nesse estilo a distância. A maioria esmagadora é privada, servindo como uma mina de ouro para os seus proprietários, provando que esses cursos têm alto teor mercadológico. Não há nesse tipo de ensino, o presencial binômio professor-aluno, por demais importante para aprendizado do aluno. Os alunos não têm como perguntar suas dúvidas ao professor, nem mesmo intervir durante a explanação do docente. Os donos das faculdades economizam com gastos de energia elétrica, funcionários, água, porque não há campus e nem espaço físico para que os alunos possam estudar diariamente, com recursos como bibliotecas, por exemplo, pois o ensino é online. O material de apoio destinado a esses cursos totalmente apostilados, na maioria das vezes coladas de livros, não têm qualquer fiscalização de suas qualidades. Para os professores, que recebem migalhas comparando com qualquer profissional com a mesma formação, o negócio é bom mesmo para os donos das faculdades. Este blog levantou esta questão, pois entendo que a má qualidade do ensino em nosso país está diretamente ligado aos maus profissionais que estão se formando nesse modelo educacional.. A área de Pedagogia é uma delas. Que tal discutir este assunto com o vizinho, amigos, professores, vereadores, enfim, com a sociedade?
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