"Qual
o sentimento que a LOUCURA te traz?
Em que século vocês está?"
texto
da Psicóloga Vanessa Thalita Romanini Amadeu dos Santos
Certo
dia estava em um recinto comercial de Nova Esperança e entra neste lugar um doente
mental, já bem conhecido por toda a população e pude observar que embora todos
os conhece e soubessem que este não causa mau algum, o olhar de repúdio, medo e
estranheza pairou sobre o ar. Por que isso acontece???
Desde
meados do século XVII, ou até mesmo antes dessa época, o assunto LOUCURA é
deixado de lado, visto que tem-se a idéia de que o doente mental não passa de
um alienado,
impossibilitado de se apropriar de si mesmo e por esse motivo não precisa de cuidados
ou melhor, precisa ser excluído, como se este não tivesse direito de existir. E por
que pensamos assim?
Porque
pensar na Loucura é pensar no inexplicável, é pensar que eu, você ou qualquer pessoa
intelectual ou não, rico ou pobre, pode em algum momento vir a apresentar um episódio
de “loucura”. Portanto, pensar em loucura e pensar na fragilidade humana, e
isso causa temor. E talvez por isso a sociedade tenha tanta dificuldade em
aceitar que
o doente mental possa estar inserida nela, considerando a exclusão em um
hospital psiquiátrico
a melhor forma de tratamento, afinal o que não vejo, não me incomoda e assim
não me causa temor.
Nota-se
que historicamente o homem nunca soube lidar com a questão da Loucura. Na
idade média acreditava-se que a sua causa era sobrenatural, demoníaca e para tanto,
a fogueira era a única solução. Já no século XIX, cria-se espaços para o “tratamento
“ dessas pessoas, os Manicômios. Parece que é mais fácil encarcerar o doente
mental e manter com ele a própria loucura encarcerada, é como se assim ficássemos
todos “protegidos” desse mau chamado LOUCURA.
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