quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Quase 90% voltam a usar Crack após o tratamento


Num excelente trabalho  de defesa de tese de doutorado, a psicóloga e doutora em Ciências Médicas, Rosemari  Siqueira  Pedroso, de Porto Alegre(RS), acompanhou dois grupos distintos de usuários de Crack. Ao longo de três meses, observou o índice de recaída entre 88 adolescentes após receberem alta e monitorou  um contingente de 293 jovens e adultos para determinar quantos precisariam de repetidas internações para combater a droga ao longo de três anos. As conclusões de Rosemari surpreenderam  o Brasil e até o Ministério da Saúde: 86,4% dos adolescentes voltaram a usar o Crack em até três meses; Cerca de 50% recaíram  até 10 dias após a alta; 34% precisaram ser reinternados em rede pública; 36% se envolveram em algum tipo crime em três meses. O tempo médio de abstinência dos adolescente foi de 27 dias. Entre o grupo de adultos, 43,4% tiveram de ser reinternados até cinco vezes ao longo de três anos. Pelo visto, fica claro que a eficácia do atual  método  (internações) de combater o uso do Crack é totalmente ineficiente.

Nenhum comentário: