sexta-feira, 26 de junho de 2015

Opinião do Blog: Desvalorização do SUS tira eficiência da Rede Pública


Mais de 1.500 procedimentos hospitalares e profissionais incluídos na Tabela SUS, padrão de referências para pagamentos dos serviços prestados  por estabelecimentos e médicos conveniados que atendem rede pública  de saúde  no Brasil estão defasados desde 2.008. Essa afirmação é do Conselho Federal de Medicina (CFM) que mostra a perda de reposição salarial acumulada de 2008 a 2014/2.015, cujos os valores de defasagem poderiam ser ainda maiores se fossem computados os gastos em atendimentos ambulatoriais. Muitas vezes os profissionais de saúde falam aos pacientes dos valores pagos pela Tabela SUS e eles chegam até duvidarem dos valores mencionados. Exemplificando, o SUS paga hoje por uma cirurgia de amígdalas (amigdalectomia) para o Hospital, R$99,28 e para os serviços profissionais, o total de R$105,10 ( valor esse dividido entre o cirurgião, auxiliar de cirurgia e anestesista ). Para o tratamento de uma pneumonia, o  SUS paga R$480,00 para o Hospital e R$74,62 para o médico. 

Uma cirurgia de Hérnia Inguinal ( Herniorrafia), o Hospital recebe R$238,84 e os profissionais R$133,60 ( valor esse dividido entre o cirurgião, auxiliar de  cirurgia e anestesista). Estamos fazendo este comentário para que a população entenda o porque os hospitais e profissionais cobram diferenças para  serviços de saúde no país e, muitos daqueles hospitais que não cobram diferenças, estão fechando suas portas. Na realidade, não se deveria cobrar nada porque a população já paga o Serviço de Saúde através de impostos e os profissionais de saúde são credenciados  para prestarem serviços. Só que na prática não funciona assim  porque  a defasagem é muito grande em relação ao custo de vida  (é só ver em seis/sete anos quanto subiu a água, a energia elétrica, salários, alimentações, telefones, medicamentos, alugueis, combustíveis, escolas, etc. ). 

Como esse assunto não interessa aos políticos numa tentativa de melhora da Tabela SUS, temos que conviver com pacientes a espera de uma cirurgia de amígdalas há mais de três anos, assim como as dificuldades em tratamentos de saúde na rede pública como um todo. Penso que a população tem o dever (e com razão)  de reclamar. O que você acha disso?


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