Opinião do Blog: Lendas do atletismo mundial

Quem gosta de esporte como eu, é gostoso  rever inúmeras  histórias de atletas, que apesar dos  tempos, são  gravadas e lembradas pelos legados que  eles deixaram. Agora que estamos às portas dos Jogos Olímpicos Rio-2016, vale a pena lembrar e comentar alguns fatos. O checo Emil Zatopeck, chamado de "locomotiva humana," vencedor de São Silvestre, foi recordista mundial, em 1936, nos 10 mil metros.  Ao correr, Zatopeck balançava todo o corpo e a cabeça, com a língua de fora, gemendo e urrando, chegando a dar uma volta de vantagem nos demais competidores. Quem não o conhecia achava que ele estava morrendo. 

A  maratonista portuguesa Rosa Mota, que eu tive o prazer de conhecer e conversar com ela em Foz do Iguaçu, venceu seis vezes consecutivas a São Silvestre em São Paulo e duas maratonas consecutivas  nos Jogos Olímpicos. Outro monstro sagrado do atletismo foi o americano Carl Lewis que, de 20 provas em olimpíadas e mundiais de atletismo, faturou 17 medalhas de ouro. É mole! Outra lenda, o cubano Javier Sotomayor em salto em altura, que de 14 provas em suas participações, ganhou 11 medalhas de ouro. Sotomayor criou o novo estilo de salto em altura ao pular de costa. 

O etíope Abebe Bikila, nas Olimpíadas de Roma, 1964, venceu a maratona com o tempo de 2hs15minutos, correndo descalço, pois era assim que treinava. Outro monstro sagrado do atletismo é o queniano  Dennis Kimetto, recordista mundial da maratona, com 2hs2min57seg. Atleta britânica Paula Racliffe  é outra grande vencedora de maratona. A americana excêntrica Florence Griffith Joyner, foi recordista mundial dos 100 e 200 metros durante muitos e muitos anos. O brasileiro Ademar Ferreira da Silva foi  bi campeão olímpico e recordista mundial  no salto triplo. Uma fera nos Jogos Olímpicos de 1956, em Melbourne, Austrália. É uma lenda. Outro brasileiro que já fez história no esporter (Jogos Pan Americanos)  ganhando duas  medalhas de ouro é Robson Caetano, além de dois bronze em Olimpíadas. 

Grande destaque para o maratonista  brasileiro Vanderlei Cordeiro que, na maratona dos Jogos Olímpicos de Atenas, ficou em  segundo lugar  (medalha de prata ) por causa de um torcedor que o abraçou no final da prova.  Aliás, Vanderlei é recordista da  Maratona Internacional de São Paulo há vários anos. Em salto com vara, o ucraniano Sergey Bubka cansou de ser recordista mundial. 

Que pena a russa Yelena Isinbayeva, também campeoníssima  no salto com vara não virá ao Brasil por questões políticas internas. É claro que eu deixei tanta gente boa sem ser citada, pois o assunto é apenas uma lembrança. Agora, não poderia esquecer do famoso Jesse Owens, o negro americano que calou a boca dos alemães nas Olimpíadas de Berlim, 1936, quando Hitler achava que a raça ariana  (alemã pura) era  a melhor do mundo.

De 20 medalhas de ouro que os  Estados Unidos conquistaram naquela Olimpíada, Owens ganhou 4. Hitler virou as costas e foi embora do estádio. Com certeza, nesta Olimpíada Rio-2016, muitos dos nomes aqui citados serão lembrados, enquanto que novos recordistas olímpicos e mundiais escreverão seus nomes nas páginas da  história do esporte.