Em janeiro deste ano, estive visitando o Museu
Nacional de Atenas na capital grega, vi as esculturas dos deuses gregos, tendo
a figura de Apolo, grande deus do Olimpo como parâmetro. As esculturas mostravam homens
desnudos, evidenciando toda a sua
musculatura e força. Apolo era alto, bonito, elegante, também chamado deus do sol,
das artes, da poesia, da música, das profecias, do arco e flecha. Cultuar o
corpo e a mente, buscando o uso do prazeres, era privilégio dos deuses e homens gregos.. Quanto as mulheres, as
esculturas se apresentavam inicialmente vestidas, simbolizando que eram destinadas apenas a procriação e a serviço de seus maridos, como a letra da música "Mulheres de Atenas", de Chico Buarque de Hollanda.
Depois
seminua exaltando os seios, finalmente
nuas, mostrando as diversas fases da própria escultura. Vale a pena citar aqui,
que no século XIX, o francês Pierre Auguste Renoir, pintor, impressionismo,
adorava pintar mulheres obesas, com papadas, abdome em lençol, coxas enormes,
dobras pra todos os lados, tornando um
novo padrão de mulher para a época, por volta de 1.870. Outro dia, passei em
frente a uma academia, vi homens e mulheres malhando, castigando os corpos,
expondo-os a exaustão, para ganharem
massa muscular e ficarem fortes, bem
próximo ao Apolo ou ainda a um soldado romano, fortalecendo a musculatura das
coxas, pernas, abdominais, glúteos ,braços, dorçais e peitorais. Potencializado
pelo tecnologia moderna dos diversos aparelhos, em consequência do apelo narcisista e hiperconsumista, entramos na
"sociedade do espetáculo",
moderna, consumista e globalizada, onde
o novo corpo humano seja magro, tenha
a sua musculatura definida, com abdome
em tanque, bonito e bronzeado. É o novo corpo humano, fetiche da sociedade moderna
e consumista.
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