quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Novo Corpo Humano: Fetiche da Sociedade Consumista


Em janeiro deste ano, estive visitando o Museu Nacional de Atenas na capital grega, vi as esculturas dos deuses gregos, tendo a figura de Apolo, grande deus do Olimpo como parâmetro. As esculturas mostravam homens desnudos, evidenciando  toda a sua musculatura e força. Apolo era alto, bonito, elegante, também chamado deus do sol, das artes, da poesia, da música, das profecias, do arco e flecha. Cultuar o corpo e a mente, buscando o uso do prazeres, era privilégio dos deuses  e homens gregos.. Quanto as mulheres, as esculturas se apresentavam inicialmente vestidas, simbolizando que eram  destinadas apenas  a procriação e a serviço de seus maridos, como  a letra da música "Mulheres de Atenas", de Chico Buarque de Hollanda. 

Depois seminua  exaltando os seios, finalmente nuas, mostrando as diversas fases da própria escultura. Vale a pena citar aqui, que no século XIX, o francês Pierre Auguste Renoir, pintor, impressionismo, adorava pintar mulheres obesas, com papadas, abdome em lençol, coxas enormes, dobras pra todos os lados,  tornando um novo padrão de mulher para a época, por volta de 1.870. Outro dia, passei em frente a uma academia, vi homens e mulheres malhando, castigando os corpos, expondo-os  a exaustão, para ganharem massa muscular e  ficarem fortes, bem próximo ao Apolo ou ainda  a um  soldado romano, fortalecendo a musculatura das coxas, pernas, abdominais, glúteos ,braços, dorçais e peitorais. Potencializado pelo tecnologia moderna dos diversos aparelhos, em consequência do apelo  narcisista e hiperconsumista, entramos na "sociedade do espetáculo", moderna, consumista e globalizada, onde  o novo corpo humano seja magro,  tenha a sua musculatura definida, com  abdome em tanque, bonito e bronzeado. É o novo corpo humano, fetiche da sociedade moderna e consumista.

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