Vendo as dificuldades para a
aprovação de inúmeros projetos, inclusive do ajuste fiscal, e sabendo que o
político brasileiro esqueceu o que é
democracia, a presidente Dilma Rousseff indicou o seu vice, Michel Temer
(PMDB), que fosse a campo e oferecesse mais de 200 cargos com altíssimos
salários aos companheiros de base aliada ou até mesmo aqueles de oposição que viesse votar junto
com o governo. O feirão de cargos públicos está acontecendo a céu aberto, às
claras, sem qualquer constrangimento.
O
pacotão para os apadrinhados chegava a um montante de 21 bilhões de reais com
um loteamento a granel de postos estratégicos
na engrenagem oficial. A medida
foi muito eficaz pois nos primeiros
meses de seu governo, acumulava derrota em cima de derrota, entendendo
que somente o toma lá dá cá poderia resolver a aprovação de seus projetos. Quem não gostou
muito da ideia foi os peemedebistas Renan
Calheiros ( Senado) e Eduardo Cunha ( Câmara Federal) que perderam força e
passaram a ver Dilma Rousseff atropelando os dois. Como se fosse uma feira
livre, com vagas em todos os escalões, os aliados que tinham uma montoeira de
gente para empregá-los, não perderam tempo e aceitaram as ofertas.
De repente,
as derrotas foram transformadas em vitórias, alegrando Dilma, todo o governo e
fazendo com que ela crescesse no conceito popular. Inteligentemente, Dilma
demorou um pouco para liberar os cargos para ter a certeza de que os aliados
não estavam traindo ela. As cartas na manga de Michel Temer foram decisivas para
a distribuição de cargos e a
lista dos pretendentes da base aliada nas mãos do ministro Mercadante,
da Casa Civil, completaram o balcão de
negócios. É a própria farra do fisiologismo político, apanágio da política
brasileira desde o Império.-
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