Em novembro de 2014, o juiz Sérgio Moro
decretou a prisão preventiva de dirigentes e proprietários das maiores
empreiteiras do país, no famoso esquema
da Operação Lava Jato da Petrobrás. Há
mais ou menos dez anos, as empreiteiras criaram um clube dentro da Petrobrás,
para dividir as licitações das obras, combinando os preços, lucros e dando
propinas para diretores, políticos, para manutenção do esquema. O senador Renan
Calheiros-PMDB ( presidente do Senado) e o deputado Eduardo Cunha-PMDB (
presidente da Câmara Federal), eram alguns dos políticos que faziam parte do
esquema, sendo que os políticos do PP eram maioria nessa falcatrua. É claro que os outros
partidos como PT, PSB, PSDB também recebiam volumosas somas, totalizando,
segundo o juiz Moro, cerca de 7 bilhões
de reais que meteram as mãos na empresa.
Com muita dificuldade, o juiz Sérgio Moro conseguiu prender diversos donos de empresas, políticos, enfim, estava
desenrolando um cordão que parecia não ter pontas, de tanta gente envolvido no
esquema. De repente, como que levar um tiro no peito, o juiz Moro ficou
surpreso quando o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou os presos, mandando-os para casa.
Será que se fosse o ministro Joaquim Barbosa,
isso teria acontecido? Ao tomar essa decisão, o STF reduziu as chances das empresas
assinarem as delação premiada e ajudarem as autoridades a chegarem aos
mandantes da organização criminosa que roubaram bilhões da Petrobrás. Moro
tinha uma espécie de tripé para chegar aos ladrões e mandantes, baseado em
esquema semelhante ao da Justiça Italiana: primeiro
prender, depois delação premiada e finalmente a divulgação dos nomes. Com a
liberação dos presos pelo STF,a coisa ficou bem mais difícil de resolver e a
sensação de impunidade no país se faz
presente cada vez mais forte. Pelo jeito, somente Deus poderá resolver a política e a corrupção brasileira através do Juízo Final!
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