São vários os comentários na imprensa brasileira ( por exemplo, a Revista Carta
Capital de maio) sobre a provável venda
do banco HSBC de nosso país, ainda com
possibilidades da realização do negócio sair neste ano. Com ativos totais de
150 bilhões de reais, trata-se do quarto banco do país, ficando atrás do Itaú,
Bradesco e Santander, respectivamente, e o sétimo na classificação geral. Os bancos Itaú, Bradesco, Santander e o BTG
Pactual compõe a lista dos possíveis compradores, seguido pelo grupo bancário
canadense Scotiabank e ainda pelo grupo chinês, Industrial &
Commercial Bank of China, com o grupo espanhol Bilbao Viscaya, correndo
por fora.
O montante do negócio, especula-se em torno de 5 bilhões de dólares.
Comenta-se ainda no mercado financeiro que o HSBC estaria vendendo as suas
agências dos Estados Unidos e da Turquia para contrabalançar o impacto dos
resultados no aumento das exigências dos órgãos reguladores de diversos países
em relação aos ativos de risco, motivo do fechamento de 77 negócios nos últimos quatro anos. Entre
2013 e 2014 a instituição foi investigada na Europa por manipulações nos
mercados de câmbio e de taxa de juro. A situação da empresa agravou com a
descoberta em fevereiro deste ano das contas de mais de 100 mil clientes de 203
países na filial suíça, com mais de 100 bilhões de dólares em depósitos feitos
entre 1988 e 2007 por governantes, empresários, políticos, celebridades e
criminosos, no escândalo conhecido como SwissLeaks.
O banco é suspeito de
cumplicidade na sonegação desse volume de dinheiro de 95% dos clientes. Com 7
bilhões de dólares de 8.667 em
contas de clientes do Brasil, a Receita Federal, Polícia Federal, Comissão
Parlamentar de Inquérito estão investigando quem são esses clientes ( já se
sabe que tem vários da Operação Lava Jato do caso Petrobrás ). Uma investigação do
Senado Americano sobre a ação do HSBC nos Estados Unidos concluiu que a
instituição levou bilhões de dólares do país para os cartéis de droga mexicanos e terroristas,
durante décadas. Afetado por problemas
com raízes profundas, o HSBC trata de enxugar as suas estruturas em um esforço
de sobrevivência, antes que seja tarde demais.
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