Num passado não muito distante, a
relação entre paciente e médico era de muita confiabilidade e respeito. O que
o médico falava, o paciente
obedecia. Mas durante o dia a dia em meu
trabalho como médico do Programa Saúde
da Família, em meu consultório ou nos plantões que faço, sinto que há uma crise de confiabilidade e
respeito entre o paciente e o médico. Mas quais seriam as causas dessa possível
crise? O que teria levado essa perda de identidade entre paciente e médico? Se
você fizer uma boa avaliação no
relacionamento paciente e médico, você vai chegar a conclusão que a evolução
tecnológica teve uma grande influência nesse assunto. Mas a indústria farmacêutica também tem a sua
participação nessa crise. No caso da tecnologia, entendo que as mudanças
tecnológicas são importantes para a evolução da profissão e do profissional.
Mas entendo também que a internet jamais substituirá o livro, assim como a
tecnologia jamais substituirá o médico. Com a internet presente em praticamente
todos os lares, o dr. Google passou a ser referência e muitos
pacientes questionam o médico sobre certos diagnósticos, porque procuraram na internet antes a de
fazer a consulta médica, quase sempre gerando um atrito entre o paciente e o
médico quanto ao seu diagnóstico. Outro fato, são os celulares, tablets, que
muitos médicos usam na frente do paciente gerando dúvida quanto a capacidade do
profissional. Hoje, o médico praticamente não conversa com paciente. Só pede
exames. Isso está sendo muito comum
entre os novos profissionais que estão se formando em muitas escolas espalhadas pelo país sem qualquer
credibilidade. Quanto a indústria farmacêutica, o lançamento exagerado de
genéricos está tirando dos médicos e de
seus receituários, aqueles
medicamentos que eles mais
confiam, em detrimento de produtos sem qualidade ou de confiança. Como se vê, o
assunto é serio e merece reflexão por parte dos paciente e também dos médicos.
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
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