segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Opinião do Blog: Chuvas intensas e torneiras sem água



Depois de  um período chuvoso  de vários dias,  com  fortes  temporais que caíram em todo o Paraná, alagando cidades e destruindo pontes pelo volume excessivo de água nos rios, população ribeirinha abandonando as suas casas, queda de barreiras, poluição ambiental e tantas outras desgraças  que o excesso de chuva acaba provocando, tivemos que conviver com a dura realidade que foi as torneiras vazias em consequência da  falta d água. 

O intenso lamaçal que se formou  no local de  captação das águas pelas bombas para  a estação de tratamento ficou praticamente impossível pois os motores e bombas  tiveram os seus funcionamentos comprometidos pela infiltração das lamas.  Entendemos perfeitamente que o excesso de chuvas acabou provocando um desastre ambiental de grandes proporções, mas foi de uma infelicidade total as declarações do presidente da Sanepar , Mounir Chaowiche, ao dizer que " a Sanepar não arcará com qualquer prejuízo causado  aos consumidores pela falta d`água bem como que a empresa não tem responsabilidade em relação aos danos causados a terceiros ( residências, bares,  restaurantes, indústrias, comércios,etc.)". 

Com essas declarações ficou bem claro  que a empresa  quer é vender o seu produto, que é a água, sem qualquer garantia estrutural para suportar chuvas ou mesmo qualquer reserva de água para os consumidores em casos como este.  É por demais sabido que no  Brasil as chuvas torrenciais acontecem todos os anos, principalmente em janeiro, como em anos passados  aconteceram em Petrópolis, Santa Catarina, Taboão da Serra, Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e até mesmo  aqui no Paraná,  e uma empresa do porte da Sanepar, que fatura milhões de reais, explorando a população  em cima da água que Deus nos deu, cobrando  preços abusivos e juros por um dia de atraso,  não ter um plano B em caso como este. Como é que fica o Direito do Consumidor neste caso? Seria interessante que Executivo Municipal, Vereadores, OAB local, MP, Juiz, Procon, se reunissem e  tomassem medidas drásticas  contra a empresa para que tais fatos não aconteçam  mais e os consumidores sejam ressarcidos dos prejuízos.

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