sexta-feira, 15 de maio de 2015

Ser ou não ser professor nesta Pátria Educadora

Num passado distante, fui professor de química no segundo grau do Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba, e gostaria muito de  dizer que  me era muito aprazível dar aulas, formar novos alunos, prepará-los para o futuro. Nunca tive problemas com alunos pois  alunos e professores se respeitavam mutuamente, o que contribuía muito para que o professor lecionasse e  exigisse a matéria, e os alunos correspondiam. Todavia, chamava a atenção, o fato de que desde aquela época, o salário de um professor não era digno como ainda não é até hoje. 

Com o passar do tempo, as coisas pioraram ainda mais, pois além de minguados salários, hoje, o professor não tem mais aquele respeito dos alunos ( veja o caso recente de Rio Claro-SP onde um professor foi agredido covardemente em sala de aula por alunos )  e por parte da sociedade, e  ainda quando lutam para manter aquilo que conquistaram com  suor e dedicação, são humilhados, massacrados, por  políticos inescrupulosos que  hoje ocupam cargos públicos, porque um dia,  aprenderam a ler e escrever graças ao professor em suas vidas.  Hoje, um professor é totalmente desprezado, achincalhado, trabalhando  numa sala com 32 alunos ( em muitas escolas até mais ), sem as mínimas condições, inclusive com ausência de bibliotecas em 72% das escolas públicas brasileiras. 

Chega a dar enjoo você ouvir políticos e o  próprio  governador Beto Richa falarem tantas besteiras ao dizerem, por exemplo  que a educação será sempre prioridade das prioridades. Para eles, professor não existe.  Diante de tamanha palhaçada e falcatruas  desses políticos, perpetuando uma farsa, faz você  professor pensar, depois de ter levado uma bala de borracha na cara, se não seria melhor ter um restaurante ou uma loja de cosméticos do que ser professor nesta Pátria Educadora.

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