Num passado distante, fui professor de química no segundo grau do
Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba, e gostaria muito de dizer que
me era muito aprazível dar aulas, formar novos alunos, prepará-los para
o futuro. Nunca tive problemas com alunos pois
alunos e professores se respeitavam mutuamente, o que contribuía muito
para que o professor lecionasse e exigisse a matéria, e os alunos correspondiam.
Todavia, chamava a atenção, o fato de que desde aquela época, o salário de um
professor não era digno como ainda não é até hoje.
Com o passar do tempo, as
coisas pioraram ainda mais, pois além de minguados salários, hoje, o professor não
tem mais aquele respeito dos alunos ( veja o caso recente de Rio Claro-SP onde
um professor foi agredido covardemente em sala de aula por alunos ) e por parte da sociedade, e ainda quando lutam para manter aquilo que
conquistaram com suor e dedicação, são
humilhados, massacrados, por políticos
inescrupulosos que hoje ocupam cargos
públicos, porque um dia, aprenderam a
ler e escrever graças ao professor em suas vidas. Hoje, um professor é totalmente desprezado,
achincalhado, trabalhando numa sala com
32 alunos ( em muitas escolas até mais ), sem as mínimas condições, inclusive
com ausência de bibliotecas em 72% das escolas públicas brasileiras.
Chega a dar enjoo você ouvir políticos e
o próprio governador Beto Richa falarem tantas
besteiras ao dizerem, por exemplo que a
educação será sempre prioridade das prioridades. Para eles, professor não
existe. Diante de tamanha palhaçada e
falcatruas desses políticos, perpetuando
uma farsa, faz você professor pensar,
depois de ter levado uma bala de borracha na cara, se não seria melhor ter um
restaurante ou uma loja de cosméticos do que ser professor nesta Pátria
Educadora.
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